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Nova Criação – Espetáculo
“Trópicos Mecânicos (Mueda)”


Ficção científica, fábula e documentação misturam-se nesta performance visual e teatral em torno das memórias do Massacre de Mueda, ocorrido em Moçambique, em 1960.
Projeto transmedia, com inspirações no afro-futurismo e no tropicalismo brasileiro, o espetáculo é também uma homenagem ao cineasta moçambicano Ruy Guerra, que completa 90 anos em 2021, autor de três filmes realizados naquele território africano: “Mueda, Memória e Massacre” (1979-80), “Os Comprometidos – Atas de um Processo de Descolonização” (1982-84) e o registo, sem título, de uma reunião entre Samora Machel e antigos chefes militares da Guerra de Libertação (1964-74).

Em “Mueda, Memória e Massacre”, Ruy Guerra reflete sobre os acontecimentos de 1960 em Mueda, retratando a forma como o massacre estava ainda na memória dos moradores da pequena cidade, no norte do país africano. O mais peculiar foi descobrir que os moradores da região encenaram durante décadas um teatro de rua que recriava o dia do massacre, como uma forma de expurgar o trauma e refletir sobre o seu passado. Agora, Felipe Bragança revisita a memória colonial para propor um imaginário pós-colonial reinventado, onde outros futuros são possíveis.

“Trópicos Mecânicos (Mueda)” é a estreia do realizador brasileiro – autor do aclamado filme “Animal Amarelo” – no teatro, numa colaboração com o Teatro GRIOT e Catarina Wallenstein. 


Criação: Felipe Bragança em parceria com Teatro GRIOT e Catarina Wallenstein
Criação dos Vídeos: Felipe Bragança
Intérpretes: Matamba Joaquim, Zia Soares, Gio Lourenço, Catarina Wallenstein e Daniel Martinho
Apoio na criação e cenografia: Victor Gonçalves
Colaboração na criação visual: Luang Senegambia Dacach
Figurinos: Ana Carolina Lopes
Música original: Selma Uamusse, Milton Gulli e 40D.
Direção de Fotografia do Vídeo: João Leão
Desenho de luz: Carolina Caramelo
Produção: Ana Lobato, Felipe Bragança
Citações e inserts: filme “MUEDA – Memória e Massacre” (dir. Ruy Guerra, 1979) e poemas de Ruy Guerra
Residência artística: Centro Cultural da Malaposta
Projecto financiado por: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
Parceiro institucional: República Portuguesa – Ministério da Cultura
Apoio: Baía do Tejo
Fotografias: Bruno Simão / BoCA Bienal de Artes Contemporâneas 2021

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