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ECOTEMPORÂNEOS: Capicua
ECOTEMPORÂNEOS
Este é o projeto que tem juntado personalidades diferentes a pensar os espaços verdes da cidade de Lisboa em relação com a literatura. Agora, em formato online, cada convidado partilha uma fotografia sua numa paisagem natural, relacionando-a com um livro que tenha em casa. Estabelece-se um diálogo entre o interior e o exterior, entre o corpo (confinado na habitação e na fotografia), a natureza e a imaginação. Uma conversa informal via live do instagram na qual a comunidade online é chamada a participar. Todos os domingos até, pelo menos, 30 de Junho 2020.
SEMANA 9
Convidado: Capicua (nome artístico de Ana Matos Fernandes, rapper portuguesa)
Fotografia: Marco de Canaveses, 2017
Livro: “O velho que lia romances de amor” (1989) de Luís Sepúlveda, da Porto Editora.
Capicua nasce no Porto nos anos 80, descobre a cultura Hip Hop nos anos 90 (primeiro pelo Grafitti e depois pela música), passando de mera ouvinte a aprendiz de Rapper nos anos 00. Socióloga de formação, considera-se uma rapper militante e é conhecida pela sua escrita exímia, emotiva e politicamente engajada. Com uma vasta discografia, conta já com um percurso sólido no panorama da música lusófona: duas mixtapes (Capicua Goes Preemo – 2008 e Capicua Goes West – 2013), dois álbuns em nome próprio e um disco de remisturas (Capicua – 2012, Sereia Louca – 2014 e Medusa – 2015), um disco-livro para crianças em parceria com Pedro Geraldes (Mão Verde – 2016) e um disco luso-brasileiro partilhado com Emicida, Rael e Valete (Lingua Franca – 2017). Na última década, tem somado intensos e participados concertos, conquistando um público muito diverso e o reconhecimento da crítica, contribuindo sempre para a destruição dos estigmas associados ao Rap no nosso país. Apologista da espotaneidade e cultivando uma clara atitude feminista, tem acumulado colaborações com vários artistas (de Sérgio Godinho a Sara Tavares), bem como diversas conferências, workshops e projetos sociais (como o OUPA, em que trabalhou durante quatro anos consecutivos a convite da Câmara Municipal do Porto). De assinalar é também o seu aclamado percurso como letrista (para intérpretes como Gisela João, Aline Frazão, Ana Bacalhau, Marco Rodrigues ou Camané) e a sua actividade como cronista na Revista Visão. Comandante da Guerrilha Cor-de-Rosa, muito se tem dedicado a estimular outras mulheres a construir carreiras longevas e activas no panorama Hip Hop nacional, provando consistentemente que MC quer dizer Maria Capaz!
Apoio à sessão: