Philippe Grandrieux
Philippe Grandrieux nasceu em 1954 em França. Estudou cinema no INSAS (Instituto Nacional Superior das Artes do Espetáculo) em Bruxelas e começou a sua carreira como cineasta em filmes de ficção e documentários. Tem trabalhado desde os anos oitenta em colaboração com o Instituto Nacional do Audiovisual francês (INA), onde tem inventado novas formas e formatos cinematográficos que põem em causa noções centrais da escrita cinematográfica, como as noções de documentário, de ensaio cinematográfico e de informação. Em 1990, criou o laboratório de investigação cinematográfica “Live” e produziu sequências de uma hora de Thierry Kuntzel, Robert Kramer e Robert Frank. Também ensinou cinema na FEMIS (Fondation Européenne pour les Métiers de l’Image et du Son) e na l’Ecole à l’Ecole Nationale Supérieure des Beaux Arts (Paris).
A sua visão sem precedentes da arte leva-o a superar os limites dos campos cinematográficos em que está a trabalhar. Como consequência, está sempre a produzir um cinema inventivo e radical. Os seus dois primeiros filmes completos “Sombre” (que ganhou um prémio no Festival de Locarno) e “La Vie Nouvelle” (Uma Nova Vida) são exemplos da criatividade de Grandrieux em fotografia, som e narração. Os filmes de Grandrieux, derivados de filmes de terror e de filmes experimentais, proporcionam ao espectador intensas experiências sensoriais. O seu trabalho foi influenciado por Edmond Bernhard, seu professor no INSAS, Murnau, Robert Bresson, Jean-Marie Straub, Danièle Huillet, Rainer Werner Fassbinder, Stan Brakhage e também pelas suas leituras do trabalho de Marc-Aurèle, Spinoza e Gilles Deleuze.
Foi premiado no Festival de Locarno em 1998. Em 2008, Uplink em Tóquio prestou-lhe homenagem; alguns dos seus trabalhos foram exibidos na Tate Modern em Londres. O seu trabalho foi ainda exibido em Veneza, Pusan, Londres, Manila, Montreal, no FID Marseille, no Centro Pompidou em Paris, em Jerusalém, Buenos Aires, Las Palmas (onde recebeu o prémio de melhor fotografia), no México, em Praga e Hong Kong. Foi premiado em 2008 na 65.ª Mostra de Veneza. Em 2011 recebe o Prémio “New: Vision” no CPH:DOX, Festival Internacional de Cinema Documental de Copenhaga; em 2012 ganhou o “Grand Prix Expérimental” no Festival Côté Cour em Pantin. Em 2013, marcou presença no Festival de Roterdão, no Lincoln Center em Nova Iorque e, em seguida, no México, em Istambul, Lima, Edimburgo, Wroclaw.