Marino Formenti 

 

A sua combinação única de emoção e inteligência caracterizam-no como um dos músicos mais interessantes do nosso tempo, constantemente à procura de redefinir a experiência musical. Elogiado pelo Los Angeles Times como o “Glenn Gould do séc. XXI”, o seu gosto por experimentar combinações novas e inesperadas levou ao desenvolvimento de projectos únicos e de formatos alternativos de concertos. No seu recital “Kurtag’s Ghosts” e “Liszt Inspections”, Marino Formenti propõe um fluxo contínuo de diálogo entre as composições através do qual quebra as dimensões tradicionais de recitais de piano. Em “Nowhere” Marino Formenti toca, dorme e come durante várias semanas, continuamente, numa casa temporária aberta ao público, desejando “desaparecer” através da música. “One to One” é um projecto que foi produzido originalmente para a Art Basel e depois apresentado na Berlin Art Week, proporcionando um encontro musical de 2 a 10 horas com um só espectador de cada vez. Num dos seus últimos projetos, o filme “Schubert und Ich”, Marino Formenti ensaia e acompanha composições de Franz Schubert com não-músicos, guiando-os e inspirando-os através das suas próprias interpretações.

Marino Formenti participou em vários festivais internacionais como o de Salzburgo, Lucerne, Edimburgo, Schleswig-Holstein, Ravinia e Aspen, assim como tocou em várias salas concerto de Berlim, Viena, Paris, Londres, Zurique, Moscovo, Tokyo e Los Angeles. Colaborou com diferentes orquestras, tais como a New York Philharmonic e Munich Philharmonic, Gustav Mahler Chamber Orchestra sob a direcção dos maestros Franz Welser-Möst, Esa-Pekka Salonen e Gustavo Dudamel. Dirigiu concertos no Teatro alla Scala de Milão, Vienna’s Musikverein e Konzerthaus, Konzerthaus Berlin, Salle Pleyel em Paris, assim como em Roma, Milão, Los Angeles, Joanesburgo ou Tokyo. Dirigiu a estreia austríaca da ópera de Kurt Weill “Der Protagonist” e em 2010 dirigiu a versão de câmara de Prokofiev “The Fiery Angel”. Formenti tem trabalhado com alguns dos maiores compositores vivos do mundo, tal como Helmut Lachenmann, Gyorgy Kurtag e Salvatore Sciarrino.

Em 2009 foi-lhe atribuído o Belmont Prize de música contemporânea, pela Forberg-Schneider Foundation em Munique.

 

 

Ricardo Jacinto 

 

Artista plástico e arquitecto concentrando-se principalmente na relação entre som e espaço. É actualmente investigador no Sonic Arts Research Center (Belfast). Mantém uma actividade regular na área da música experimental e improvisada. Apresentou o seu trabalho em diversas exposições individuais e coletivas como: Project Room CCB, CAM, Círculo de Belas Artes (Espanha), MUDAM (Luxemburgo), Centro Cultural Gulbenkian (Paris), Manifesta 08_Bienal Europeia de Arte Contemporânea de Itália, Frac (França), Museu de Serralves, OK CENTRE (Áustria), Culturgest, Casa da Música, CIAJG. Em 2006 representou Portugal na Bienal de Veneza de Arquitectura num projecto em co-autoria com o Arq. Pancho Guedes.  Tem desenvolvido frequentes projectos de colaboração com músicos, performers, artistas e arquitectos. Está representado em diversas colecções de arte contemporânea (como Serralves, Culturgest ou Fundação Miguel Rios) e a sua música foi editada pela Clean Feed, SHHPUMA e Creative Sources.