Figura pioneira do movimento de vanguarda estadunidense e uma das artistas performativas mais influentes do século XX, Yvonne Rainer ostenta uma carreira de mais de cinco décadas, na dança e no cinema. Fazendo uso de arquivos, reencenações, fotografias e técnicas audiovisuais não convencionais, os seus filmes recorrem à teoria crítica e à análise erudita enquanto exploram temas e questões profundamente pessoais, políticas e sociais.

Integrado no Queer Lisboa, o ciclo “Retrospetiva: Tornar-se Yvonne Rainer” apresenta um conjunto de 9 filmes, dentre 7 obras de Rainer recentemente restauradas pelo MoMA – incluindo a sua primeira longa-metragem, “Lives of Performers” (1972), uma reflexão subversiva sobre alianças românticas que incorpora imagens de arquivo e coreografias da própria Rainer. 

Numa parceria com a BoCA, a seguir à exibição do documentário “Rainer Variations” (2002) de Charles Atlas – no qual uma extensa entrevista com Rainer intercala-se com a montagem de quatro performers (Rainer entre eles) que encenam e reencenam as suas histórias – tem lugar um debate sobre a obra da artista norte-americana. Nesta conversa, da qual participam Gisela Casimiro (escritora e artista visual), João dos Santos Martins (bailarino e coreógrafo) e Jorge Jácome (realizador de cinema), com moderação de Claudia Galhós eJoana Ascensão, abordar-se-á a dicotomia do seu trabalho do corpo em palco contra aquela de um trabalho mais psicologista no cinema, assim como os contextos da vanguarda onde Rainer se insere e o impacto da sua obra na produção artística portuguesa.

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