Em Voz Alta
“Em Voz Alta” é um projeto que cruza as várias disciplinas que compõem a prática de António Poppe, da poesia às artes visuais, das artes performativas à meditação. Sob a forma de uma peça performática, a sua nova criação nasce da palavra dita — tendo como base o poema “O Agitador e a Corrente”, escrito a quatro mãos, com Mumtazz, assim como outros poemas escritos e memorizados pelo autor — e conta, na sua forma final, com objetos cenográficos vários: manuscritos, colagens, desenhos, instalações, peças sonoras, vídeos e filmes. A performance é o elemento agregador de todos estes componentes.
Composta por 12 atos ou cenas, a obra é uma descendente da ópera – da ópera da memória. No âmbito da BoCA, António Poppe apresenta as duas primeiras cenas deste conjunto, valendo-se também da improvisação para contar as histórias destes poemas: “primeiro molde de água (sem transe de fortuna)”, na qual materializa a palavra-imagem num espaço dramatúrgico, e “em sintonia com o que não cessa (sem astúcia humana)”, um desenho-voz-colagem-poema em simultâneo.
“Em Voz Alta” reserva-nos os gestos e palavras intuitivas de António Poppe e as suas manifestações ao vivo — uma poética do inesperado.
Direção e concepção artística: António Poppe
Direção técnica / produção: Leonor Lloret
Equipa artística / técnica: Cristopher Ruiz, Helena Estrela, Francisco Poppe
Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção Geral das Artes
Em colaboração com: Aderno – Associação Cultural; Associação Mandriões do Vale Fértil – Casa de Gigante; BoCA – Biennial of Contemporary Arts; Galeria Zé dos Bois – ZDB; Osso – Associação Cultural